quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Fala, atraso

J. Rapaz que não dormia, 20 meses


A mãe estava preocupada com o sono, pois ele acorda a cada 3 horas. Quando acordado é energético e sempre pronto à brincadeira cansando muito a sua mãe pois demora mais de uma hora para voltar a adormecer.

Tem um historial de constipações e otites, tendo tomado muitas vezes antibióticos. Quando se constipa dura mais de um mês. A congestão nasal melhorou desde que deixou de comer lácteos, mas continuava a ter otites.

Tem tamanho normal e é forte para a idade mas sem ser agressivo. Embora tenha agilidade física está atrasado no aprender a falar. Crianças com menos 4 meses que ele já dizem o nome, mas ele não fala. Faz muitos sons, mas não palavras.

Embora destemido, demonstra ter medo de gatos. Grita e corre para a mãe até o gato afastar-se. Mesmo depois de habituado aos gatos continua cauteloso.

Outro aspecto peculiar é durante a consulta “marrar” a cabeça contra a parede por vezes. Não parece ser acompanhado por nenhuma alteração emocional. Sem raiva, aborreciemnto ou dor. Sem aviso começa a “marrar”. A mãe diz que isso ocorre por vezes, mas não frequentemente.

O seu apetite é bom, a sua comida preferida são as frutas, especialmente as laranjas, que come sem parar.

Os pais nunca se casaram, e ele abandonou-a ao saber que esta esva grávida.

Análise:

“marrar” com a cabeça

atraso ao falar

medo de gatos

desejo por laranjas

desejo de querer brincar de noite

Medorrhinum, e também com aversão à responsabilidade (que herda do pai). Também poderia ser o medicamento apropriado para o seu pai.

Após a toma do medicamento, J. teve descarga intestinal nocturna que normalmente não tem. As três noites seguintes foram normais. Voltou a acordar depois, mas adormeceu facilmente dormindo até às 07 AM, a mãe pensou ser um milagre pois J. também começou a articular palavras

Teve menos constipações, sinal que reforçou a imunidade. E não necessitou mais de antibióticos.

É importante referir que o que é normal na nossa sociedade, como o desejo de não ter responsabilidade (e que passou para a geração seguinte), é para o praticante de homeopatia uma chave de ouro para um caso.

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